Ocupando o segundo lugar entre as doenças neurodegenerativas no mundo, ele afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos.
Se cantar não espanta todos os males, pelo menos alivia alguns sintomas. Pesquisadores da Iowa State University comprovaram que, além de aumentar a capacidade respiratória e o controle da deglutição, o canto também traz benefícios para o estado de espírito e as funções motoras de pacientes com Doença de Parkinson.
O estudo ainda apontou para a redução de sinais fisiológicos de estresse. Embora tenha feito a ressalva de que são dados preliminares, a professora Elizabeth Stegemöller afirmou que a melhora observada é comparável ao resultado obtido com medicamentos – ela apresentou o trabalho na conferência anual da Sociedade para a Neurociência, realizada no começo do mês.

Doença de Parkinson: a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 1% da população acima dos 65 sofra com ennfermidade — Foto: RIDC/NeuroMat – https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=63906615
O trabalho é pioneiro por ter monitorado indicadores como batimentos cardíacos, pressão arterial e nível de cortisol – hormônio relacionado ao estresse – dos participantes antes e depois das sessões de cantoria, que tinham a duração de uma hora. Todos diziam estar se sentindo menos ansiosos e tristes. Os estudiosos agora se empenham em medir outros indicadores relacionados ao bem-estar, como o nível de oxitocina, hormônio ligado à sensação de prazer. Essa é uma ótima notícia, considerando que a expectativa é de que a prevalência da Doença de Parkinson vá dobrar nos próximos 20 anos. Para quem quiser conferir, há um vídeo de 2017 de uma sessão comandada pela professora.
O Parkinson ocupa o segundo lugar entre as doenças neurodegenerativas no mundo. Afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos, levando a tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e alterações de marcha e equilíbrio. Normalmente começa a se manifestar por volta dos 60 anos, é mais comum entre os homens e o risco de desenvolvê-lo aumenta com a idade: a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 1% da população acima dos 65 sofra com o problema. No Brasil, a Rede Amparo é uma das entidades que reúne doentes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde para melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a enfermidade.
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