Pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, afirmam que o composto resveratrol, presente na uva, tem efeito relaxante. Se separado do álcool, o composto poderia ser adotado em tratamentos contra a depressão.
Cientistas afirmam que o resveratrol ajuda a bloquear a manifestação de uma enzima ligada ao controle do estresse — Foto: Carlos Santos/G1
O efeito relaxante de uma taça de vinho ao fim de um dia difícil não se deve somente ao álcool presente na bebida. Segundo pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, o componente “resveratrol”, presente em sementes e cascas de uva escura, e também no vinho tinto, possui efeitos antiestresse. Separada do álcool presente no vinho, a substância poderia ser usada em tratamentos médicos contra a depressão.
Em artigo publicado na revista científica “Neuropharmacology” os cientistas afirmam que o resveratrol ajuda a bloquear a manifestação de uma enzima ligada ao controle do estresse e da ansiedade no cérebro. A relação entre o componente e essa enzima, a “phosphodiesterase 4” (PDE4), ainda era desconhecida. Essa enzima é influenciada pelo hormônio do estresse, a corticosterona.
O estudo, divulgado à imprensa pelos pesquisadores em nota na sexta-feira (26), analisa como o resveratrol impacta os processos neurológicos. A pesquisa é liderada por Xiaoxing Yin, professora na universidade médica de Xuzhou, na China.
De acordo com uma das autoras do estudo, Ying Xu, “o resveratrol pode ser uma alternativa efetiva a medicamentos usados para tratar pacientes que sofrem de desordens ligadas à depressão e à ansiedade”. O composto também está presente em outras frutas vermelhas.
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