“A alimentação é um dos poucos fatores de risco para doenças neurológicas passível de ser modificável e controlável”, afirmou o médico Gurutz Linazasoro, porta-voz da Sociedade Espanhola de Neurologia.
Segundo estudos, a dieta mediterrânea diminui os riscos de desenvolver Alzheimer — Foto: Unsplash
Uma alimentação de qualidade é peça-chave para nossa saúde em geral, e para o nosso cérebro, em particular.
“A alimentação é um dos poucos fatores de risco para doenças neurológicas passível de ser modificável e controlável”, afirmou à BBC News Mundo (serviço da BBC em espanhol) o médico Gurutz Linazasoro, porta-voz da Sociedade Espanhola de Neurologia.
Os especialistas sinalizam que não há alimentos mágicos, mas que é importante manter um padrão de dieta equilibrada.
“A dieta mais estudada atualmente é a mediterrânea. Sabe-se que ela diminui os riscos de desenvolver Alzheimer e Parkinson, além de doenças cardiovasculares e obesidade, que indiretamente também incide sobre a saúde cardiovascular.”
Há também quantidades moderadas de pescados, carne branca e alguns produtos lácteos, e cozimentos com azeite de oliva.
Mas o especialista insiste que “a chave é comer alimentos saudáveis, com equilíbrio e moderação”.
Tendo em vista essas recomendações, do ponto de vista do funcionamento do cérebro há diversos nutrientes e alimentos importantes. Veja alguns deles:
Pescado azul
Pescados azuis são ricos em ácido graxo ômega-3, nutriente relacionado a uma menor deterioração cognitiva — Foto: Unsplash
O sistema nervoso, e concretamente o cérebro, tem tecidos muito ricos em água, mas também contêm um componente lipídico (ácidos graxos) bastante importante, explica o nutricionista Ramón de Cangas.
Cítricos e verduras
Frutas cítricas são alimentos ricos em vitamina C — Foto: Unsplash
São alimentos ricos em vitamina C, que segundo diversos estudos estão associados a um melhor desempenho cognitivo.
“Talvez seja devido à sua função antioxidante e em razão de participar da produção de neurotransmissores, as biomoléculas responsáveis pela transmissão de informações de um neurônio para outro”, explica o nutricionista.
O mesmo ocorre com as bananas, ricas em piridoxina, uma forma de vitamina B6 que participa do metabolismo dos neurotransmissores.
Canela em pau, alimento rico em polifenois — Foto: Unsplash
São alimentos ricos em polifenóis, que “tem demonstrado resultados interessantes na prevenção da perda cognitiva por seu efeito antioxidante que protege os neurônios”, afirmou Cangas.
Abacates
O abacate do tipo avocado é um alimento rico em gorduras boas — Foto: Unsplash
Nozes
Nozes são alimentos considerados bons para o cérebro — Foto: Unsplash
As nozes são excelentes fontes de proteínas e gorduras saudáveis.
São ricas em um tipo de ácido graxo ômega-3 chamado ácido ácido alfa-linolênico, que ajuda a reduzir pressão arterial e protege as artérias. Isso é bom tanto para o coração quanto para o cérebro, afirma a Escola de Medicina da Universidade Harvard.
Os três inimigos do cérebro
“Não existem alimentos milagrosos nem dietas milagrosas, mas há sim inimigos para o cérebro, como o sal, o açúcar e as gorduras trans (encontradas em alimentos processados).”
G1 Por BBC
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