Valor da cesta em novembro de 2017 custou R$ 329,52 em João Pessoa, atrás apenas de Salvador.
A cesta básica custa 38,23% do salário mínimo em João Pessoa, diz Dieese (Foto: Divulgação/Arquivo)
João Pessoa teve aumento de 1,42% na cesta básica no mês de novembro em relação a outubro de 2017, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCB) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A taxa foi a segunda que mais se elevou no período entre as capitais do país, atrás apenas do Rio de Janeiro onde o valor cresceu 2,78%.
Ainda com esse aumento, João Pessoa teve a segunda cesta básica mais barata do Brasil entre as capitais. Na capital pessoense a cesta custou R$ 329,52 em novembro enquanto em Salvador, capital com a cesta mais barata do país, o preço foi R$ 316,65.
Horas de trabalho
Para que o trabalhador médio pessoense que recebia o salário mínimo de R$ 937 em 2017, precisou trabalhar, em dezembro, 77 horas e 22 minutos para comprar uma cesta básica composta de carne, leite, feijão, arroz, farinha, café, batata, tomate, pão, banana, açúcar, óleo e manteiga.
O tempo é inferior ao de novembro que foram 76 horas e 17 minutos e consideravelmente menor ao de dezembro de 2016, onde o trabalhador precisou de uma jornada de 91 horas e 32 minutos para comprar a mesma cesta básica – a cesta custava 45,23% do salário mínimo líquido.
Salário mínimo ideal
O Dieese estipula que em dezembro de 2017 o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.585,05, ou seja, 3,83 vezes o salário em vigor que era de R$ 937. Ainda o valor sendo alto, um ano antes, em dezembro de 2016, o salário ideal era de R$ 3.856,23 – 3,48 vezes o salário mínimo de R$ 880 vigentes.
O departamento calcula o valor do salário mínimo ideal com base no que ele deve garantir, segundo o inciso IV do artigo 7 da Constituição Federal de 1988, que diz que o salário mínimo deve ser capaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
Por G1 PB
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