Não é apenas articulação dos partidos de oposição que pode rifar o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), da disputa eleitoral de 2018, mas, principalmente, o desempenho do candidato do Governo, João Azevêdo (PSB), nesse período de pré-campanha eleitoral. A análise é do analista político professor Lúcio Flávio.
Em entrevista ao programa Rádio Verdade, na tarde desta quinta-feira (04), o docente alertou que a evolução da candidatura do PSB pode fazer com que Cartaxo aborte as pretensões do prefeito da Capital, seguindo a máxima de que é melhor um pássaro (PMJP) na mão, do que dois (O Governo do Estado e a PMJP) voando.
“Acho que Luciano vai analisar bem, sobretudo a evolução da candidatura e do desempenho de João Azevedo para tomar uma decisão com segurança sobre a viabilidade de seu projeto”, disse.
Apesar de o prefeito ter reiterado, durante entrevistas, que quer uma definição já em janeiro, para o analista, Cartaxo, assim como os demais possíveis postulantes só irão deixar essa definição para abril deste ano, prazo final para desincompatibilização.
“Essa é uma decisão que acredito que Luciano só deva tomar mais na frente, até porque ele sabe que nem Romero nem Maranhão querem a definição agora em janeiro. Se eles têm até abril para tomar uma decisão de relevância, não é uma decisão qualquer, é uma decisão que terá consequências, pois vai deixar a prefeitura na mão de alguém como Manoel Júnior, que não é do grupo político dele historicamente. Portanto se, digamos, ele sai da prefeitura, e perde a eleição, a primeira coisa que Manoel fará é mudar o secretariado e dá a cara que ele precisa na administração. Então acho que Luciano vai analisar bem todos esses pontos antes de tomar uma decisão”, ressaltou.
Já o ex-deputado federal Gilvan Freire, também conhecido analista político, acredita que Cartaxo não terá outra alternativa a não ser disputar o mandato de governador da Paraíba, principalmente para manter vivo um projeto político que ainda é recente.
“Se ele não deixar é porque não tem projeto político. Um cara numa situação dele, qualquer um político estadual que se colocar na situação de Luciano, nessa disputa que está se abrindo, nessa disputa que já está quantificada, ou seja, as pessoas já sabem que tem, que desperta o interesse coletivo. Um cara como ele se não deixar a prefeitura é porque não tem projeto político. E se ele deixar a prefeitura é uma obviedade. Ele deixa para dar andamento a um projeto político”, arrematou.
PB Agora
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