A proposta poderia significar um tabelamento do crédito
© Ciro sobre fim do motim no CE: ‘Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro’
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) prometeu criar uma “lei antiganância”, por meio da qual o cidadão que pagar o equivalente a duas vezes sua dívida teria seu débito saldado.
Na prática, a proposta poderia significar um tabelamento do crédito, embora Ciro não tenha detalhado sua ideia, apresentada no minuto final da entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, na noite desta terça (23).
Logo após o programa, sua campanha divulgou nota na qual afirma que a lei pretende proteger o povo do abuso dos juros em empréstimos bancários.
Ele afirma que esse tipo de lei já existe, por exemplo, na Inglaterra. “Aqui no Brasil obrigam as pessoas a pagar até mais de dez vezes uma dívida. Por que não pode haver controle de juros e multas exorbitantes no Brasil?”, questiona o candidato.
O programa de renda mínima, batizado em homenagem ao vereador petista Eduardo Suplicy, é o carro-chefe da campanha de Ciro e pretende pagar cerca de R$ 1.000 mensais a cerca de 60 milhões de pessoas.
De acordo com Ciro, o custo do benefício seria coberto com um imposto sobre os super-ricos –os que tiverem patrimônio acima de R$ 20 milhões.
“Com apenas 50 centavos para cada R$ 100 que tiver, cada super-rico vai financiar a renda mínima de 821 brasileiros mais pobres”, disse o candidato.
O candidato também prometeu proteger a Zona Franca de Manaus e afirmou que a melhor maneira de evitar o desmatamento da Amazônia é dar alternativas econômicas aos moradores da reunião.
Sobre o plano de gerar 5 milhões de empregos, ele afirmou que as vagas virão da retomada de obras paradas, de contenção de encostas e de infraestrutura de saneamento.
Segundo ele, o marco do saneamento aprovado há dois anos foi um avanço, mas o estado precisa ser responsável pelo planejamento.
Apesar de estar estacionado em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PDT pretende manter a estratégia de se colocar como alternativa à polarização política entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que lideram a disputa.
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (18) mostra que Ciro mantém 7% –distante do petista, com 47%, e do atual presidente, com 32%. Trata-se do mesmo percentual registrado pelo pedetista no levantamento divulgado no fim de maio.
Bolsonaro foi o primeiro a ser entrevistado pelo Jornal Nacional, entre os candidatos mais bem colocados postulantes à Presidência da República.
Ao longo da semana, ainda serão recebidos os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (25, quinta) e Simone Tebet, do PMDB (26, sexta).
Por Notícias Ao Minuto / Folha Press