Egídio consola Juninho após o gol contra no primeiro tempo (Foto: Marcos Ribolli)
Verdão fica duas vezes atrás no placar, mas ainda consegue arrancar empate graças a Borja
Na noite da redenção de Borja, autor dos dois gols do Palmeiras, Juninho foi o vilão do empate em 2 a 2 com o Cruzeiro, nesta segunda-feira, na arena, no fechamento da 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com duas falhas indivuais do zagueiro – incluindo um gol contra com cinco minutos de bola rolando –, boa dose de nervosismo de uma equipe na expectativa de encostar no líder e mérito da Raposa (precisou da metade das chances do oponente para fazer a mesma quantidade de gols), o Verdão frustrou os quase 38 mil torcedores que foram à arena.
O resultado levou o vice-líder a 54 pontos, a cinco do Corinthians, adversário da próxima rodada, domingo que vem, em Itaquera. Tirou, portanto, a chance do Palmeiras de só depender de si para tentar alcançar o bicampeonato brasileiro.
Mas vamos entender o que deu errado no jogo…
Pode um time terminar o primeiro tempo com oito finalizações, contra nenhuma do adversário, e mesmo assim o placar marcar 1 a 1? Pode, quando acontece isso abaixo:
Mas vamos entender o que deu errado no jogo…
Pode um time terminar o primeiro tempo com oito finalizações, contra nenhuma do adversário, e mesmo assim o placar marcar 1 a 1?
O gol nem alterou muita coisa taticamente, pois já era esperado do Cruzeiro que jogasse fechado, no contra-ataque, como mostra o frame:
Cruzeiro fecha espaços (Foto: Reprodução)
Psicologicamente, porém, ficar atrás no marcador fez mal aos palmeirenses, que se mostraram nervosos. Alguns dos principais responsáveis pela armação das jogadas erraram muitos passes.
OS CAMPEÕES DOS PASSES ERRADOS NO 1º TEMPO
JOGADOR PASSES ERRADOS
Dudu 7
Keno 4
Moisés 3
Fonte: Scout da TV Globo
Mesmo assim, bastaram sete minutos (dos 32 aos 39) para o time de Alberto Valentim imprimir um volume ofensivo impressionante e criar quatro chances reais de marcar, incluindo o gol de empate, de Borja.
As estatísticas mostram como apenas uma equipe jogou na etapa inicial:
NÚMEROS DO 1º TEMPO
PALMEIRAS CRUZEIRO
Posse de bola 63% 37%
Finalizações 8 0
Chances reais de gol 4 1
Cabeçadas 1 0
Bolas levantadas 13 4
Escanteios 6 1
Faltas 6 6
Passes errados 25 22
Passes certos 224 114
Fonte: Scout da TV Globo
A primeira finalização dos pés de um cruzeirense, mesmo, o Palmeiras só sofreria aos 3 do segundo tempo, em chute de Arrascaeta.
O Cruzeiro, é bom que se diga, voltou com outra postura, bem menos reativa, e equilibrou a partida. Passou a ser agressivo, apostar em triangulações. E contou com nova ajuda de Juninho, que perdeu bola no meio para Arrascaeta. Robinho, que os palmeirenses conhecem tão bem e entrara no jogo pouco antes, no lugar de Rafael Marques, fez o gol.
Valentim mexeu na equipe imediatamente: trocou um meio-campista (Jean) por um atacante (Róger Guedes). O que se viu a seguir, porém, foi o pior momento dos anfitriões na partida.
A segunda substituição de Valentim, por outro lado, devolveu o Verdão à partida. Com Deyverson no lugar de Keno, o Palmeiras ganhou mais presença de área e conseguiu empatar, mais uma vez com Borja, depois da assistência de Dudu.
Mesmo na base da pressão e dos cruzamentos (foram 27 ao todo), o Palmeiras não conseguiu o gol da virada e deixou o campo apoiado no discurso de que o foco é o G-4. Poderia ter sido o G-1…
Confira as estatísticas da partida, já com as parciais do segundo tempo:
NÚMEROS FINAIS DO JOGO
PALMEIRAS CRUZEIRO
Posse de bola 62% 38%
Finalizações 23 5
Chances reais de gol 8 4
Cabeçadas 7 0
Bolas levantadas 27 4
Escanteios 15 2
Faltas 9 9
Passes errados 52 43
Passes certos 363 197
Da Redação Por Renan Cacioli, São Paulo
Globo Esportes
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