Veja o que deu certo e o que deu errado nos três jogos pós-quarentena
Kanu e Marcelo anularam Fred — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Faltou fôlego. O Botafogo teve momentos de lucidez e dominou parte do clássico contra o Fluminense, no último domingo, mas não conseguiu o gás que precisava na reta final para balançar as redes e ir à decisão da Taça Rio. O empate sem gols deu a classificação ao rival.
O esquema tático montado por Paulo Autuori fez o Botafogo superior ao Fluminense em alguns momentos e mais perto do gol. Marcelo Benevenuto e Kanu anularam o ataque tricolor, e Fred pouco fez no clássico. Mas faltou ao Bota uma aproximação maior entre o meio de campo e o ataque.
Marcelo, Kanu e Pedro Raul foram os melhores do Botafogo em campo.
Na defesa do Flu, Nino também teve boa atuação e dificultou a vida dos alvinegros, principalmente de Luís Henrique. O atacante, que atua pelo lado esquerdo do Botafogo, não fez bom jogo. Com apenas 18 anos, Luís é ousado e se destaca nas jogadas individuais. No domingo, o jogador esteve longe de desequilibrar. Pelo lado direito, Luiz Fernando também não rendeu.
O destaque no ataque alvinegro foi um só: Pedro Raul. Artilheiro da equipe na temporada com cinco gols, o centroavante tentou por baixo e pelo alto, mas ficou no quase diante de Muriel. Pedro Raul é “brigador”, chega em todas as bolas, se movimenta bem e é oportunista. No Campeonato Carioca, mostrou que o Botafogo acertou em contratá-lo.
Paulo Autuori tem mais pontos positivos que negativos para levar para a sequência da temporada.
O empate no Estádio Nilton Santos escancarou a necessidade de novas contratações pelo Botafogo. A falta de opções no banco de reservas impediu o time de ganhar gás no segundo tempo e pressionar o Fluminense nos últimos minutos. Com a vantagem do empate, a equipe tricolor apenas segurou o resultado na reta final.
Será esse um dos focos da diretoria nas próximas semanas, enquanto Autuori prepara o time para a disputa do Brasileirão e da Copa do Brasil. O comitê de futebol avalia a contratação de atletas para todas as posições: zaga, laterais, meio de campo e ataque.
Melhor em campo pelo Botafogo, Pedro Raul lamenta chances perdidas contra o Fluminense — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
- Os dois goleiros do Botafogo tiveram boas exibições e tranquilizaram o torcedor nas três partidas que a equipe disputou pela Taça Rio.
- A zaga com Marcelo Benevenuto e Kanu ganha corpo. Os dois, que formam a dupla de zaga mais jovem da Série A, mostraram entrosamento e passaram segurança.
- O teste com três zagueiros, diante da Cabofriense, dá a possibilidade de Autuori variar o esquema tático da equipe em determinadas partidas. Cícero, como líbero, teve boa atuação.
- Os jovens mostraram talento. Além dos pratas da casa Marcelo e Kanu, Caio Alexandre e Luís Henrique foram gratas surpresas, mas oscilaram. Têm espaço para crescer e roubar a cena.
- Honda evoluiu na posição de segundo homem de meio de campo, errou pouco e ajudou no jogo da equipe. Mostra que pode ser aproveitado em outras funções, mas o japonês pode aproveitar melhor os passes em profundidade.
- Pedro Raul se firmou como bom investimento do clube. O atacante busca todas as bolas e é bom por baixo e pelo alto. É o jogador que faltou ao Botafogo em 2019.
Deu errado nos três jogos pós-quarentena
- Paulo Autuori ainda não sabe quem escalar nas laterais. O técnico testou Fernando, Barrandeguy, Danilo Barcelos e Guilherme Santos. Nenhum assegurou a posição com as atuações.
- Faltou aproximação entre meio de campo e ataque. Bruno Nazário, artilheiro com cinco gols ao lado de Pedro Raul, ficou apagado nas duas últimas partidas.
- Luiz Fernando destoa dos companheiros de ataque. O time precisa testar outras opções para o lado direito.
GE Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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