Eduardo Barroca faz boas mexidas, e equipe quase triplica número de finalizações de um tempo para o outro
Foto: André Durão
De modorrento, sem criatividade e insistente nos passes laterais ao time que mereceu gritos de “olé” no segundo tempo. Assim foi o Botafogo na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, neste domingo, no Nilton Santos. A mudança de postura começou na parte final do primeiro tempo e ratificada com as mexidas de Eduardo Barroca na etapa complementar.
Início sem inspiração
O Botafogo começou o jogo com um ritmo muito lento. Passes para o lado em excesso, cruzamentos errados e uma demora impressionante para finalizar – a primeira com relativo perigo foi de Marcinho, aos 29 minutos.
Sorte que a torcida foi ao Niltão para apoiar incondicionalmente o time, não à toa os gritos ouvidos no fim do jogo: “Ô, ô, ô, paga o salário” e “Um, dois, três, estamos com vocês”.
Se pouco agredia, também não sofria. A dobra de marcação, sobretudo na direita com os laterais Marcinho – este como ponta – e Fernando, funcionava muito bem.
A falta que resultou no pênalti favorável ao Botafogo foi o indicativo da mudança de postura. Se momentos antes Diego Souza já tinha tentado infiltrar e sofreu falta perto da área, Alex Santana fez o mesmo posteriormente em jogada de sua característica. Arrancou em velocidade e levando a bola como podia para frente, mas acabou parado por Igor Rabello com falta.
Diego Souza foi figura importantíssima para a vitória — Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG
O ex-botafoguense levou amarelo. E, na cobrança de falta de Gilson, o próprio Rabello cometeu pênalti e acabou expulso. Gol de Diego Souza, e a vantagem numérica de jogadores permitiu um retorno do Botafogo após o intervalo com maior ímpeto ofensivo, intensidade e disposição.
Volta do intervalo em outra intensidade
O Botafogo iniciou a etapa complementar disposto a matar o jogo. Em três minutos, já tinha finalizado a metade do que fizera em todo o primeiro tempo. E foram dois ótimos lances. Marcinho, de trivela, lançou Diego Souza, e Wilson saiu bem. Depois, Gilson, Luiz Fernando, Alex Santana e João Paulo protagonizaram bela combinação, mas o último chutou para fora.
Alex Santana jogou muito contra o Galo — Foto: André Durão
Diego Souza saía da área e procurava a ponta direita, onde mostrava muito entendimento com Marcinho. No outro lado, Gilson e Luiz Fernando também cumpriam bem seus papéis.
– No segundo tempo, com mais espaço, conseguimos ser verticais e fazer o segundo gol. Hoje o resultado era muito importante, a gente vinha de uma sequência sem vencer. Por tudo o que estávamos passando, saio bastante satisfeito com o resultado – disse Barroca.
Preocupado em não perder um jogador que tinha cartão amarelo, Eduardo Barroca optou por sacar Fernando, àquela altura sofrendo com investidas de Cazares. Colocou Valencia no lugar do lateral e trocou João Paulo por Bochecha. Assim, Marcinho voltou à lateral.
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